Instalação Fragmenta, de Filipe Faria e Sete Lágrimas, nos 700 anos da morte de D. Dinis

Convento de Cristo, Sala da Cabeça, Santarém - Tomar - Tomar
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21 September 2025
Overview

A instalação fragmenta, de Filipe Faria e Sete Lágrimas, propõe novas partículas sonoras e visuais a partir dos fragmentos das sete Cantigas d’Amor de El-Rei D. Dinis (1261–1325) — nos 700 anos da sua morte —, preservadas, com música, no chamado Pergaminho Sharrer, “um fólio fragmentário oriundo de um cancioneiro perdido, escrito por volta de 1300”1, encontrado, em 1990, por Harvey Leo Sharrer no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, onde ainda se conserva. Poucos vestígios musicais sobreviveram das canções profanas medievais galaico-portuguesas. Antes destes — preservados no “mais antigo documento conhecido com música profana de origem portuguesa”² —, apenas eram conhecidas as sete Cantigas de Amigo de Martim Codax (s. XIII) — também sete, como as sete Cantigas de D. Dinis —, seis delas com notação musical, descobertas em 1914 por Pedro Vindel, ocultas na guarda interior de um exemplar do De officiis de Cícero, manuscrito do século XIV, encadernado no século XVIII. No seu livro Cantus Coronatus (2005), Manuel Pedro Ferreira (NOVA-FCSH) publicou a edição paleográfica da música — fragmentária — conservada no Pergaminho Sharrer a par de uma proposta de edição-reconstrução crítica destas melodias. Foi essa dupla dimensão — entre a “arqueologia” e a criação — que serviu de impulso a este ensaio sonoro e visual. — 1 Ferreira, Manuel Pedro, Cantus Coronatus: 7 Cantigas d’El-Rei D. Dinis, De Musica 10, Kassel, Edition Reichenberger, 2005 2 idem

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Convento de Cristo, Sala da Cabeça, Santarém - Tomar - Tomar

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